Ao som milenar e ritmado dos tambores japoneses, a multinacional japonesa Miura Boiler deu início oficialmente à produção de caldeiras industriais em Jundiaí, ato marcado em cerimônia na manhã desta quarta-feira (1). Desde 2012 na cidade, a Miura havia anunciado em agosto de 2015 o processo de expansão das atividades. Foram R$ 30 milhões de aporte (R$ 15 milhões anunciados recentemente) em equipamentos, tecnologia e contratações, uma área locada de 2,2 mil metros quadrados no Fazenda Grande e o aumento do quadro de funcionários – de 15 para 30 técnicos e engenheiros mecânicos.
Recebidos pelo presidente global da companhia, Daisuke Miyauchi, o prefeito Pedro Bigardi, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Marcelo Cereser, o diretor de fomento à Indústria, Gilson Pichioli, e o diretor do Ciesp de Jundiaí, Mauritius Reisky participaram da solenidade, em que o empenho da Prefeitura e da secretaria de Desenvolvimento Econômico foram citados como apoios valiosos no plano de expansão.
O secretário-geral Fujiyoshi Hirata participou da cerimônia representando a Câmara.
A diferença é que, a partir de agora, a Miura passa a fabricar caldeiras. As primeiras desse tipo no Brasil. Até então, o grupo possuía um escritório que comercializava e prestava manutenção dos equipamentos. Com a produção local em solo jundiaiense estimada em 50 caldeiras por ano, a participação de Jundiaí na divisão do ICMS deve aumentar. Os equipamentos são usados por outras indústrias do ramo alimentício, farmacêutico, automobilístico e têxtil.
“Fico feliz de participar de um evento que marca a expansão de mais uma indústria na cidade, exatamente no dia em que o decreto do programa Emprega Mais foi regulamentado, conforme publicação na página 33 da Imprensa Oficial. Diversas empresas já estão interessadas em aderir a mais essa política pública de incentivo, que constitui em isenção fiscal para empresas que gerarem emprego na cidade”, lembra Cereser.
“Essa inauguração demonstra claramente o forte desempenho de Jundiaí em recuperar-se de um cenário que é pontualmente negativo. A postura adotada para criar um ambiente saudável para a indústria revela que a cidade sai na dianteira para buscar novas oportunidades”, garante Mauritius, à frente da segunda maior regional da Ciesp do Estado.
“O importante é que gerou empregos na cidade de alto valor agregado, já que a maioria é constituída por engenheiros mecânicos. É o bom resultado de um trabalho conjunto em prol de facilitar a vida da indústria”, aborda Pichioli.
Para o gerente-administrativo Anderson Okazaki, a cidade permite uma redução nos custos do processo produtivo e favorece a rapidez no tempo de entrega das caldeiras, já que conta com uma logística privilegiada. “Além disso, o trabalho da Secretaria de Desenvolvimento Econômico tem nos ajudado muito, facilitando a nossa expansão e a entrada de outras empresas. Esse ótimo relacionamento é fundamental para o ambiente de negócios. Sem isso, seria muito mais difícil”, avalia.
Contratações
Na primeira fase da expansão, foram 15 novos contratados, praticamente todos de Jundiaí, segundo Anderson. Erick Fukashi, de 29 anos, foi um deles. Morador do Jardim Guanabara, ele acabou de sair do período de experiência. Especialista em manutenção de máquinas, trocou o ramo automotivo pelas caldeiras quando recebeu a proposta da Miura.
“Vou me casar na semana que vem. Então, essa oportunidade caiu do céu, porque me ajudou em todos os custos do casamento e na compra da mobília da minha casa. Estou muito feliz”, sorri. (da Assessoria da Prefeitura de Jundiaí, Thigo Secco)

Tsutomu Watanabe (diretor-presidente da Miura Boiler do Brasil Ltda.), Daisuke Miyauchi (presidente global da Miura Co., Ltd.), Pedro Bigardi (prefeito de Jundiaí-SP) e Yasuo Ochi (diretor-executivo, Sede de Negócios Americanos, da Miura Co., Ltd.), no descerramento da fita (Foto: Paulo Grégio)