Brasília, 28/03/2007 - O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) industrial de 2006 divulgado nesta quarta-feira, 28 de março, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é mais um indicativo do baixo crescimento do setor. De acordo com nota divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a revisão da taxa de crescimento do PIB global, de 2,9% para 3,7%, era esperada. Porém, a surpresa está na revisão, para menor, do crescimento do PIB industrial, de 3% para 2,8%, e da indústria de transformação, de 1,9% para 1,6%.
"Os dados reafirmam o entendimento da CNI sobre a necessidade de medidas que criem condições para que o setor volte a registrar taxas de crescimento mais expressivas. A relação juros x câmbio precisa ser adequada, porque é impeditiva do crescimento industrial, uma vez que os juros ainda são os mais altos do mundo e o real valorizado tira competitividade das empresas exportadoras. O Brasil tem perdido mercado no exterior, ao mesmo tempo em que as importações cresceram 25,2% no ano passado, tendo passado de US$ 73,599 bilhões em 2005 para US$ 91,394 bilhões", diz a nota.
A CNI reitera a importância da desoneração dos investimentos, que vai estimular novos negócios. "As medidas nesta área devem ser transversais, ou seja, beneficiar todos os setores industriais. A indústria brasileira reforça a necessidade de uma ampla reforma tributária, que elimine as distorções dos impostos e contribuições como a CPMF, o PIS e a Cofins e, desse modo, diminua a carga tributária e aumente a competitividade dos produtos brasileiros".
Agência CNI