São Paulo, 17/08/2007 - A crise na economia norte-americana, que tem refletido em todos os países, não provocou maiores repercussões no Brasil, na avaliação do ministro da Fazenda, Guido Mantega. “Não tem razão para contaminar a economia real”.
Mantega reafirmou que o governo está tranqüilo com a o desdobramento da crise, porque há uma diferença importante do Brasil de hoje para o do passado. “O Brasil de hoje pode enfrentar turbulências”.
Segundo ele, se os fundos de investimentos sofrerem alguma perda, “não será o fim do mundo, porque o cidadão que investiu sabia do risco”.
O ministro voltou a dizer que os fundamentos da economia, os fundamentos fiscais, o equilíbrio das contas públicas e a dívida pública brasileira estão sólidos.
Mantega lembrou que até ontem o país tinha saldo cambial positivo, o que é muito importante em momentos de turbulência.
Ele lembrou que não há pressão inflacionária na economia, apesar de o preço de alguns alimentos ter apresentado tendência de alta. Ele explicou que isso é um fenômeno sazonal (que se manifestam em determinados períodos em função de fatores como datas comemorativas, safra etc.).
Mantega disse não cabe ao Banco Central se preocupar com turbulências internacionais, já que o seu papel é “olhar para a inflação”. Ele disse que a alta do dólar já está se dissipando, não há pressão inflacionária, mas não quis arriscar previsões.
O ministro participa de uma reunião do Grupo de Trabalho da Reforma Tributária, formado no âmbito do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), na sede do Ministério da Fazenda em São Paulo. Mantega fala sobre a criação do Imposto de Valor Agregado (IVA), que substituirá um conjunto de impostos, e a redução da carga tributária.
Agência Brasil - Flávia Albuquerque