Brasília, 21/08/2007 – O crescimento do comércio entre os países da América Latina e do leste da Ásia depende da definição de um programa oficial de promoção comercial voltado aos mercados. A observação foi feita hoje pelo gerente-executivo da Unidade de Comércio Exterior da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Frederico Álvares, durante o Fórum de Cooperação Ásia do Leste e América Latina (Focalal), em Brasília, que reúne representantantes de 33 países na sede da CNI.
“Entendemos que os esforços de promoção comercial articulados serão importantes para aumentar as exportações brasileiras de produtos industrializados. Além disso, as negociações de acordos comerciais são importantes para dar uma margem de preferência e de competitividade adicional ao produto brasileiro no exterior”, disse Álvares.
Segundo ele, o comércio com a Ásia do Leste, composta por 15 países, representa 13% das exportações e 21% das importações brasileiras . “A corrente de comércio com esse grupo de países foi superior a US$ 37 bilhões, tendo registrado um déficit para o Brasil de cerca de US$ 1,6 bilhão em 2006 após cinco anos de resultados positivos.”
Os 18 países da América Latina que integram o Focalal são destinos de 24% das exportações brasileiras, informou Álvares. “Por outro lado as importações representam cerca de 18% do total. Nos últimos anos, nossa corrente de comércio com esses países quase triplicou fechando em US$ 49 bilhões em 2006”, afirmou.
Álvares apresentou aos empresários estrangeiros a atual situação econômica do país que cresce a uma taxa média de 4% ao ano, o dobro do fim da década de 90. “O setor externo tem sido uma fonte constante de boas notícias, as exportações brasileiras cresceram nos últimos cinco anos a uma taxa média que se aproxima de 20% ao ano. O superávit da balança comercial ultrapassa US$ 40 bilhões desde 2005”, lembrou.
Ele disse ainda que as perspectivas de negócios são otimistas uma vez que a inflação está sob controle, na casa 3% ao ano. “Com a inflação controlada, há duas perspectivas para uma queda de juros. Taxas mais baixas estimulam a expansão do crédito com impacto positivo sobre a exportação futura.” Álvares destacou que as oportunidades do merrcado brasileiro são grandes, porque a massa salarial cresceu 8,4% nos últimos 12 meses, de abril de 2006 a abril de 2007.
Também participaram da abertura do evento o chefe da Divisão de Operações de Promoção Comercial do Ministério das Relações Exteriores, Norton Rapesta, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Ivan Ramalho, e o diretor de Desenvolvimento da Comissão Econômica e Social para a América Latina, Osvaldo Kasef.
Agência CNI