Brasília - Todos os 27 setores consultados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para preparar o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) de janeiro estão bastante otimistas com a economia brasileira. “E o otimismo não é pouco”, registra o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.
“Além de o Icei ter registrado recorde histórico, com 68,7 pontos, não tivemos nenhum setor com índice abaixo de 63,2 pontos [no caso, o setor madeireiro]”, disse o economista. Segundo a CNI, valores acima de 50 pontos indicam empresários confiantes.
O setor que apresentou o maior índice foi o farmacêutico (71,9 pontos), seguido do setor de equipamentos hospitalares e de precisão (71,2), e do de álcool (70,2). Os menos otimistas foram os setores madeireiro (63,2), o de bebidas (65,1) e o de máquinas e materiais elétricos (65,7).
“Há que se ressaltar que, por suas características exportadoras, o setor madeireiro vinha de uma série bastante negativa. Mas em janeiro ele demonstrou recuperação superior a 10 pontos, na comparação com janeiro de 2009”, informou Castelo Branco. Na época o Icei do setor estava em 44,6 pontos.
Os maiores recuos ficaram com os índices dos setores de Limpeza e Perfumaria e Móveis, com -4,1 pontos e -8,8 pontos, respectivamente.
Na análises por segmentos – extrativa, transformação e construção civil –, a indústria de transformação teve o quarto aumento consecutivo, atingindo 67,7 pontos – contra 64,6 pontos registrados em outubro e 47,7 em janeiro do ano passado.
O indicador da indústria extrativa manteve-se estável, passando dos 65 pontos registrados em outubro para 65,2 pontos em janeiro. Em janeiro de 2009 esse índice estava em 54,6 pontos.
Pela primeira vez a pesquisa incluiu a construção civil entre os setores. E já começou bem, apresentando o índice mais elevado entre os três segmentos: 68,9 pontos.
O otimismo é mais latente nas empresas de grande porte, com 70,1 pontos, contra 68,1 registrados em outubro e 47,3 em janeiro de 2009. As de médio porte registraram 68,7 pontos; e as de pequeno, 66,7. Em outubro esses valores estavam em 65,9 e 63,1, respectivamente; e em janeiro de 2009 estavam em 45,3 e 49,5.
Elaborada entre os dias 4 e 22 deste mês, a pesquisa foi feita com 1.431 empresas. (Agência Brasil - Pedro Peduzzi)